Uma pesquisa realizada pelo Aliança Bike, em parceria com o Labmob/UFRJ e apoio do Itaú, publicada no segundo semestre de 2020, aponta os dados mais recentes do mercado de bicicletas elétricas no país. Segundo o levantamento, foram comercializadas mais de 25 mil e-bikes no país somente em 2019.
O objetivo do estudo era determinar de maneira compreensiva as dimensões do mercado nacional de e-bikes. Os números são bastante promissores e apontam para o potencial da bicicleta elétrica como alternativa para outros meios de transporte, como o carro. Mais de 50% dos usuários alegam ter trocado o carro pela e-bike.
Contudo, ainda há entraves para a expansão desse mercado. O imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é de 35%, número extremamente alto: tão alto que é um dos maiores no país. A pesquisa revelou a percepção generalizada de que preços mais acessíveis fariam as vendas subirem.
Mesmo assim, em 2020 o mercado continuou crescendo de forma consistente. Só no primeiro semestre, o crescimento mensal foi de quase 30% em comparação ao ano anterior. Entre as importações e as montagens em solo nacional, somente no primeiro semestre, circularam mais de 15 mil novas unidades.
Na Europa
O mercado das bicicletas é considerado um dos que mais se movimentou durante a pandemia, e a tendência é que continue. Estima-se que, até 2030, o número de novas bicicletas comercializadas deva chegar à casa dos 10 milhões. E as e-bikes são vistas como as mais promissoras: com crescimento perto dos 25% em 2020, espera-se que cresça exponencialmente no decorrer da nova década.
Mas, mesmo o mercado europeu precisa de estratégias industriais, regulações favoráveis e o investimento adequado para que o crescimento chegue aos níveis previstos.